sábado, 3 de outubro de 2015

Entrevista com Celso Henrique da Banda Vestígios

 Essa semana bati um longo papo com Celso  Henrique, guitarrista da banda Vestígios, que  lançou esse ano um ótimo CD , entre uma  caipirinha e outra, a divagação sobre vários  assuntos, vale a pena dar uma sacada no  equipamento do guitarrista e ouvir o trabalho de  lançamento da banda.

1- Como foi a gravação no estúdio ...?
R:É uma experiência única! Como músicos, nós achamos que um dos momentos mais proveitosos é esse, o da gravação. Participar ativamente com o pessoal envolvido, dar idéias que, num primeiro instante, parecem sem sentido, mas que podem acabar dando certo é algo indescritível. Aliás, é exatamente essa incerteza que faz com que todo esse processo seja algo tão bacana. Você chega no estúdio com uma coisa em mente e, de repente, o que se encaixa melhor é exatamente o oposto.

2- Qual a atual formação da banda e como vocês chegaram a esse ponto?
R: A banda hoje é formada por: , Thales Martins, na baterista, Fernanda Francis, vocal, Leonardo Rendano, baixo e eu nas guitarras. A banda primeiramente começou com uma formação de power trio, nós tocávamos Nirvana, Silverchair, Rage Against, e com o tempo nós fomos pensando nesse idéia de vocal feminino. Sempre gostamos bastante de Paramore e isso foi algo que influenciou um pouco nessa escolha. Desde então, nós fomos meio que reformulando nosso repertório de covers, para que fizesse sentido com essa nova abordagem com estilo mais "calmo". Mas, mesmo dessa forma, nós gostamos de colocar nossas guitarras distorcidas, afinal de contas isso é rock!

3-Porque lançar um trabalho com 10 músicas em vez de um EP com 06, por exemplo?

R: Acho que não tem um porquê... nós estamos há muito tempo pra lançar nossas músicas, o pessoal conhecia só de ir nos shows e tal. Acho que a gente queria fazer logo tudo de uma vez, pra galera sentir o nosso som como um todo, mesmo porque não existia um consenso a respeito de qual música o público mais curtia. Sempre recebemos respostas diferentes para a pergunta "de qual música você gosta mais?". Talvez por isso a gente tenha lançado tudo, pro pessoal ouvir a(s) música(s) que mais gosta, sem necessariamente ter que esperar muito tempo pra isso.

4-As Letras são bem bacanas e pessoais, como é esse processo de composição?
R: Geralmente eu e a Fernanda compomos juntos, mas nada impede que o resto da banda não possa dar seus pitacos. No fundo, todo mundo dá um pouco de si, seja na letra, seja na melodia, porém o impulso inicial (e, eventualmente, todos os impulsos) geralmente é dado por nos dois.

5- Qual a expectativa do lançamento do CD e como anda a agenda de shows?
R: A galera curtiu muito as músicas e isso, para nós, é muito gratificante, de verdade. Nós tínhamos boas expectativas para o lançamento das músicas, pois nós observávamos uma espécie de demanda reprimida por nossas canções, mas consideramos que, mesmo assim, essas mesmas expectativas foram superadas, porque a resposta do pessoal foi realmente muito boa. Por exemplo, quando lançamos a primeira música, nós conseguimos, se não me falha a memória- mais de 300 plays em um dia no soundcloud. Isso pra uma banda independente é algo extremamente considerável.
Celso e sua Epiphone
Com relação aos shows, estaremos no  lançamento do Rock Baixada, que será em Duque de Caxias, na Feuduc, com a organização do Luiz Renato, um cara da cena independente que tá sempre dando uma grande força pro pessoal do rock. Vai ser sábado agora (9 de agosto) e começa às 20:00. Esse evento vai contar, ainda, com a participação de bandas como Drenna Rock, Banheiro Azul, Nove zero Nove e Sol do Sul. E também shows no evento FBI, da TDG Eventos, do Gustavo Sanna, outro que tá sempre fazendo eventos e ajudando o pessoal da cenário independente.

6- Quando sai o primeiro Clip oficial?
R: O primeiro clipe está quase saindo. Acredito que em mais ou menos um mês ou até menos ele esteja sendo lançado. E talvez com uma surpresa.. pode ser que a música do clipe não seja necessariamente uma música que tenha sido lançada na internet. Mas isso aí nós não vamos confirmar, só iremos deixar o suspense mesmo... hehe

7- Por que a frase “Continue essa história” aparece em todos os lançamentos da banda?
R: O "continue essa história" é meio que uma tradução, na forma de palavras, do que todas as bandas passam ao longo de sua trajetória: dificuldades de todos os tipos e troca de integrantes. É como se a gente tivesse dizendo pra cada um que tem banda "não deixe a peteca cair! Continue sempre!"; às vezes, a mudança vem pro próprio bem, e isso é algo que se reflete mesmo nos mais diversos aspectos da vida.

8-Pedal ou Pedaleira? E Por quê?
R: Com certeza trata-se de uma dúvida cruel. Talvez seja apenas uma questão de gosto, funcionalidade e condições financeiras. Gosto dos Pedais, apesar de ter usado uma pedaleira por muito tempo! A maior vantagem é o fato de não serem digitais. Todo o circuito analógico mantém os harmônicos do som natural da guitarra, mais presentes. O sistema digital tem a praticidade, porém, de certa maneira, “esfria” o timbre, mesmo se seu multi-efeito tiver a função true by pass, o som da guitarra acaba sendo processado.
Agradecer sempre é bom!!!
Existem muitas opiniões sobre esse tema ”pedal ou pedaleira”, um exemplo muito falado é: você está usando um timbre com compressor, equalizer, chorus delay; e quer mudar para um timbre de overdrive, phaser e reverb. Com os pedais você teria que fazer uma "coreografia". A não ser que você tenha condições de comprar um controlador Bob Bradshaw para fazer essas mudanças radicais de timbres , enquanto na pedaleira é só deixar tudo programado e apertar apenas um patch para uma mudança radical de timbre.
Programar, talvez  seja esse, o maior terror da maioria dos guitarristas, Nos multi efeitos atuais, a quantidade de recursos é quase infinita, ou seja... Madrugadas quebrando cabeça para aprender a programar tudo bonitinho, o que a grande maioria dos guitarristas não tem a menor paciência pra fazer.
Talvez o grande problema não seja a praticidade e sim a questão financeira. Quando o assunto é preço, os pedais "judiam" da gente, pois são vários e você nunca vai se contentar com apenas um, enquanto o simulador digital vai ter quase tudo dentro dele, a questão é saber dosar e ver qual caminho você acha melhor na sua estrada musical. 

9-Qual o seu set atual?
R:Violão Epiphone EJ200/ Ano: 2004
Guitarra Epiphone Les Paul Black Beauty 3/Ano:2007
Pedais:
Boss TU-3:Este pedal não emite ruído algum ao meu sinal.
É realmente fácil de usar, tem uma tonelada de grandes recursos e preciso na afinação.  
Boss CS-2: Um ótimo auxílio em músicas mais calmas, além de outras funções. 
Fulltone GT500: Um pedal que rapidamente me agradou.  Mesmo possuindo um drive bem "ardente e áspero", consegue dar clareza nas notas. É excelente para empurrar drives macios de amplificadores,e possui um switch que troca a posição do drive/boost para antes ou depois da distorção, sendo uma peça fundamental no set.  
Barber Half Gainer Dual: Possui dois canais com ajustes independentes de volume e ganho, um pedal que basicamente funciona como um leve impulso para quem gosta de um overdrive que consegue ser quente ao mesmo tempo suave e com bastante clareza. 
Garage Tone Phaser: Possui uma grande variedade de tons analógicos quentes,consegue ser bem fiel, e você pode se divertir por muitas horas sem enjoar.  
Boss CE-3: Um dos melhores chorus que já ouvi! Me tira o fôlego fazendo lembrar muitos clássicos. Eu encontrei várias configurações úteis para ele, dependendo do que eu quero para um som particular. Possui dois modos e funciona muito bem em qualquer set.  
Blackstar/HT-Delay: Muita versatilidade, possuindo uma tonalidade natural com sua válvula, trazendo um grandes timbre vintage.  
Boss RV3:Um pedal Reverb/Delay que consegue ter atmosferas para atender a maioria dos estilos. 
Ibanez/Booster(Customizado pela GuitarTech):Quem gosta de colocar um pouco de tempero nos solos, esse pedal é excepcional, consegue se parecer com um som de amplificador valvulado sem estar tocando em um.  
MXR Zakk Wylde Overdrive: Este pedal tem um monte de glamour e pode ser muito barulhento, para quem gosta de um timbre de médio para o agudo com suavidade, é uma opção muito boa. 
Crybaby/wha-wha (Jim Dunlop):É sem dúvida o mais famoso dos pedais de efeito de todos os tempos. Quem gosta daquele toque hendrix, é uma opção excelente. 

10-Foi o mesmo usado na gravação do CD?
R: Não tive a oportunidade de produzir o disco com todos os meus equipamentos atuais.Mas tive o privilégio de trabalhar com os seguintes equipamentos:
Cabeçote Orange Th30 Thunder.
Guitarra Fender stratocaster 1975
Guitarra Gibson The Paul 1978
Guitarra Gibson Les Paul DC 1979
Guitarra Epiphone semi acústica 1995
Violão Epiphone ej 200/ 2004
Guitarra Epiphone Les Paul Black Beauty 3 /2007
Pedal MXR Zakk Wylde Overdrive
Pedal Cry baby  wah-wah (jim dunlop)
Pedal Pog2  Electro Harmonix
Pedal EF103 guitar disruptor
Pedal Electroharmonix  Hum Debugger
Pedal Hardwire Supernatural Ambient Reverb Pedal
Pedal Boss Tremolo Tr2
Pedal Ibanez  Flanger Fl9
Pedal Boss CE2 Chorus
Pedal ProCo Rat Distortion
Pedal MXR  Carbon Copy Analog Delay
Pedal Tc Electronics Flashback Delay
Pedal Electro Harmonix Freeze Infinite Sustain
Pedal Mxr Phase 90
Pedal Ibanez TS9 Tube Screame
Pedal Philosopher's Tone Germanium Gold Compressor
Pedal Boss FV50L 
Pedal  Electro Faustus  Photo Theremin EF102




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