Essa semana bati um longo papo com Celso Henrique,
guitarrista da banda Vestígios,
que lançou esse ano um ótimo CD , entre uma caipirinha e outra, a divagação sobre vários assuntos, vale a pena dar uma
sacada no equipamento do guitarrista e ouvir o trabalho de lançamento da banda.
Youtube: www.youtube.com/vestigiosband
Soundcloud - www.soundcloud.com/bandavestigios
1- Como foi a gravação no estúdio ...?
R:É uma experiência única! Como músicos, nós achamos que um
dos momentos mais proveitosos é esse, o da gravação. Participar ativamente com
o pessoal envolvido, dar idéias que, num primeiro instante, parecem sem
sentido, mas que podem acabar dando certo é algo indescritível. Aliás, é
exatamente essa incerteza que faz com que todo esse processo seja algo tão
bacana. Você chega no estúdio com uma coisa em mente e, de repente, o que se
encaixa melhor é exatamente o oposto.
2- Qual a atual formação da banda e como vocês chegaram a
esse ponto?
R: A banda hoje é formada por: , Thales Martins, na
baterista, Fernanda Francis, vocal, Leonardo Rendano, baixo e eu nas
guitarras. A banda primeiramente começou com uma formação de power trio, nós
tocávamos Nirvana, Silverchair, Rage Against, e com o tempo nós fomos pensando
nesse idéia de vocal feminino. Sempre gostamos bastante de Paramore e isso foi
algo que influenciou um pouco nessa escolha. Desde então, nós fomos meio que
reformulando nosso repertório de covers, para que fizesse sentido com essa nova
abordagem com estilo mais "calmo". Mas, mesmo dessa forma, nós
gostamos de colocar nossas guitarras distorcidas, afinal de contas isso é rock!
3-Porque lançar um trabalho com 10 músicas em vez de um EP
com 06, por exemplo?
4-As Letras são bem bacanas e pessoais, como é esse processo
de composição?
R: Geralmente eu e a Fernanda compomos juntos, mas nada
impede que o resto da banda não possa dar seus pitacos. No fundo, todo mundo dá
um pouco de si, seja na letra, seja na melodia, porém o impulso inicial (e,
eventualmente, todos os impulsos) geralmente é dado por nos dois.
5- Qual a expectativa do lançamento do CD e como anda a
agenda de shows?
R: A galera curtiu muito as músicas e isso, para nós, é
muito gratificante, de verdade. Nós tínhamos boas expectativas para o
lançamento das músicas, pois nós observávamos uma espécie de demanda reprimida
por nossas canções, mas consideramos que, mesmo assim, essas mesmas
expectativas foram superadas, porque a resposta do pessoal foi realmente muito
boa. Por exemplo, quando lançamos a primeira música, nós conseguimos, se não me
falha a memória- mais de 300 plays em um dia no soundcloud. Isso pra uma banda
independente é algo extremamente considerável.
Celso e sua Epiphone |
6- Quando sai o primeiro Clip oficial?
R: O primeiro clipe está quase saindo. Acredito que em mais
ou menos um mês ou até menos ele esteja sendo lançado. E talvez com uma
surpresa.. pode ser que a música do clipe não seja necessariamente uma música
que tenha sido lançada na internet. Mas isso aí nós não vamos confirmar, só
iremos deixar o suspense mesmo... hehe
7- Por que a frase “Continue essa história” aparece em todos
os lançamentos da banda?
R: O "continue essa história" é meio que uma
tradução, na forma de palavras, do que todas as bandas passam ao longo de sua
trajetória: dificuldades de todos os tipos e troca de integrantes. É como se a
gente tivesse dizendo pra cada um que tem banda "não deixe a peteca cair!
Continue sempre!"; às vezes, a mudança vem pro próprio bem, e isso é algo
que se reflete mesmo nos mais diversos aspectos da vida.
8-Pedal ou Pedaleira? E Por quê?
R: Com certeza trata-se de uma dúvida cruel. Talvez seja
apenas uma questão de gosto, funcionalidade e condições financeiras. Gosto dos
Pedais, apesar de ter usado uma pedaleira por muito tempo! A maior vantagem é o fato de não serem digitais. Todo o
circuito analógico mantém os harmônicos do som natural da guitarra, mais
presentes. O sistema digital tem a praticidade, porém, de certa maneira,
“esfria” o timbre, mesmo se seu multi-efeito tiver a função true by pass, o som
da guitarra acaba sendo processado.
Agradecer sempre é bom!!! |
Programar, talvez seja esse, o maior terror da maioria
dos guitarristas, Nos multi efeitos atuais, a quantidade de recursos é quase
infinita, ou seja... Madrugadas quebrando cabeça para aprender a programar tudo
bonitinho, o que a grande maioria dos guitarristas não tem a menor paciência
pra fazer.
Talvez o grande problema não seja a praticidade e sim a
questão financeira. Quando o assunto é preço, os pedais "judiam" da
gente, pois são vários e você nunca vai se contentar com apenas um, enquanto o
simulador digital vai ter quase tudo dentro dele, a questão é saber dosar e ver
qual caminho você acha melhor na sua estrada musical.
R:Violão Epiphone EJ200/ Ano: 2004
Guitarra Epiphone Les Paul Black Beauty 3/Ano:2007
Pedais:
Boss TU-3:Este pedal não emite ruído algum ao meu sinal.
É realmente fácil de usar, tem uma tonelada de grandes
recursos e preciso na afinação.
Boss CS-2: Um ótimo auxílio em músicas mais calmas,
além de outras funções.
Fulltone GT500: Um pedal que rapidamente me agradou. Mesmo
possuindo um drive bem "ardente e áspero", consegue dar clareza nas
notas. É excelente para empurrar drives macios de amplificadores,e possui
um switch que troca a posição do drive/boost para antes ou depois da distorção, sendo uma peça fundamental no set.
Barber Half Gainer Dual: Possui dois canais com ajustes
independentes de volume e ganho, um pedal que basicamente funciona como um leve impulso para
quem gosta de um overdrive que consegue ser quente ao mesmo tempo suave e com
bastante clareza.
Garage Tone Phaser: Possui uma grande variedade de tons
analógicos quentes,consegue ser bem fiel, e você pode se divertir por muitas
horas sem enjoar.
Boss CE-3: Um dos melhores chorus que já ouvi! Me tira
o fôlego fazendo lembrar muitos clássicos. Eu encontrei várias configurações úteis para ele, dependendo
do que eu quero para um som particular. Possui dois modos e funciona muito bem
em qualquer set.
Blackstar/HT-Delay: Muita versatilidade, possuindo uma
tonalidade natural com sua válvula, trazendo um grandes timbre vintage.
Ibanez/Booster(Customizado pela GuitarTech):Quem gosta de
colocar um pouco de tempero nos solos, esse pedal é excepcional, consegue
se parecer com um som de amplificador valvulado sem estar tocando em um.
MXR Zakk Wylde Overdrive: Este pedal tem um monte de
glamour e pode ser muito barulhento, para quem gosta de um timbre de médio para
o agudo com suavidade, é uma opção muito boa.
Crybaby/wha-wha (Jim Dunlop):É sem dúvida o mais famoso dos
pedais de efeito de todos os tempos. Quem gosta daquele toque hendrix, é uma opção excelente.
10-Foi o mesmo usado na gravação do CD?
R: Não tive a oportunidade de produzir o disco com todos os
meus equipamentos atuais.Mas tive o privilégio de trabalhar com os seguintes equipamentos:
Guitarra Fender stratocaster 1975
Guitarra Gibson The Paul 1978
Guitarra Gibson Les Paul DC 1979
Guitarra Epiphone semi acústica 1995
Violão Epiphone ej 200/ 2004
Guitarra Epiphone Les Paul Black Beauty 3 /2007
Pedal MXR Zakk Wylde Overdrive
Pedal Cry baby wah-wah (jim dunlop)
Pedal Pog2 Electro Harmonix
Pedal EF103 guitar disruptor
Pedal Hardwire Supernatural Ambient Reverb Pedal
Pedal Boss Tremolo Tr2
Pedal Ibanez Flanger Fl9
Pedal Boss CE2 Chorus
Pedal ProCo Rat Distortion
Pedal MXR Carbon Copy Analog Delay
Pedal Tc Electronics Flashback Delay
Pedal Electro Harmonix Freeze Infinite Sustain
Pedal Ibanez TS9 Tube Screame
Pedal Philosopher's Tone Germanium Gold Compressor
Pedal Boss FV50L
Pedal Electro Faustus Photo Theremin EF102
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